O deputado federal Assis Carvalho (PT), suplente da Conselho
de Ética da Câmara dos Deputados, falou sobre a situação do Presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB), que foi alvo de Operação Catilinárias, da Polícia Federal , nesta
terça-feira. O piauiense comentou ainda sobre os boatos de que o peemedebista possa
renunciar da presidência.
Antes do meio dia, a Conselho de Ética aprovou o parecer preliminar do relator Marcos Rogério pela continuidade das investigações sobre Eduardo Cunha. O processo contra por quebra de decoro parlamentar foi considerado admissível por 11 votos "sim" e 9 votos "não". Cunha tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa.
Segundo Assis Carvalho, a operação da PF poderá influenciar uma possível renúncia de Cunha. “Eu não conheço o deputado como alguns outros políticos, mas há quem diga que ele não renuncie. Porém, existe uma pressão muito forte. Não há como sustentar o insustentável”, defendeu o petista.
Assis Carvalho ressalta que a operação da Polícia Federal não intimidou o grupo pró-Cunha a votar favorável à continuidade do processo de cassação. “Depois de tentarem por praticamente um mês adiar a votação com medidas protelatórias, os aliados de Cunha mantiveram a fidelidade”, afirma o piauiense.
Após ser votada a admissibilidade do processo de cassação, os prazos regimentais devem ser cumpridos. “Devido ao período de recesso, nós trabalhamos com a possibilidade de apreciar a manifestação de Cunha em abril ou maio”, disse o suplente do Conselho de Ética.